Você sabe o que é um estudo de viabilidade? Veja como essa ferramenta funciona e como usá-la antes de tirar uma ideia do papel!
Antes de investir tempo, dinheiro e recursos em uma nova ideia de negócio, é essencial saber se ela tem potencial para ir em frente, concorda? Para isso, o estudo de viabilidade é uma ferramenta estratégica. Com ele, você identifica riscos, entende os custos envolvidos e analisa as oportunidades de mercado.
Logo, é possível assegurar que o projeto está no caminho certo antes de dar o próximo passo. Contudo, muitos empreendedores podem ter dúvidas sobre como colocar essa análise em prática, especialmente os iniciantes.
Pensando nisso, este artigo apresenta as principais etapas de um estudo de viabilidade. Aqui, você saberá o que é essa ferramenta, por que ela é útil e como fazer a análise.
Confira!
O empreendedorismo é um caminho profissional cada vez mais popular, você já reparou? De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2022, feito em parceria com o Sebrae, 53% dos brasileiros desejavam ter seu próprio negócio.
Além disso, 3 em 10 jovens entre 18 e 27 anos tinham a abertura do próprio negócio como principal objetivo profissional. Os resultados são de um estudo do Centro Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em 2024.
Entretanto, o empreendedorismo é um universo repleto de desafios e muitos negócios não se sustentam. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 20% das empresas brasileiras fecham as portas no primeiro ano.
A sobrevivência ainda é inferior a 40% após 5 anos. É nesse contexto que o estudo de viabilidade ganha destaque. Como o nome sugere, ele é uma análise que ajuda a entender se uma ideia de negócio tem chances reais de funcionar na prática ou se é necessário fazer ajustes antes de investir.
Então você pode considerar o estudo de viabilidade como uma projeção realista antes de tirar o projeto do papel. Em vez de contar só com intuição ou entusiasmo, ele mostra uma visão mais racional e estratégica sobre o negócio, considerando seus desafios e suas oportunidades.
Abrir um negócio envolve diversos riscos. Um dos principais é no campo financeiro. Afinal, é preciso pagar contas, arcar com os tributos, ficar em dia com os fornecedores etc. Quando as despesas superam os ganhos, a empresa pode caminhar para a falência.
Além disso, há riscos de mercado devido à atuação dos seus concorrentes, decisões equivocadas, entre outros. Todos os negócios ficam expostos a eles, mas é possível se proteger.
Desse modo, o estudo de viabilidade existe para você enxergar o cenário geral com mais clareza antes de iniciá-lo. Ele avalia se existe demanda no mercado, se os custos são viáveis, se há chances reais de lucro e quais riscos precisam ser enfrentados.
Portanto, você deve fazer esse estudo para questões como:
Agora que você entendeu o que é e os motivos para fazer um estudo de viabilidade, é hora de conferir como saber se a sua ideia de negócio é realmente executável com ele.
Acompanhe!
O primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado. Por exemplo, quem pensa em abrir uma cafeteria precisa saber se há demanda por esse tipo de serviço na região, qual faixa de preço o público está disposto a pagar e o que os clientes mais valorizam em um ambiente assim.
Para ter essas informações, é possível fazer as próprias pesquisas, procurar dados gerais de mercado ou até acompanhar redes sociais e fóruns online. Quanto mais clara for essa compreensão do seu público-alvo, mais fácil será entender o tamanho e o potencial do mercado.
Vale a pena aproveitar essa oportunidade para olhar os seus futuros concorrentes. Afinal, a não ser que você esteja com uma ideia totalmente disruptiva, provavelmente já há empresas atuando no nicho.
Identifique quem são esses concorrentes — diretos e indiretos — e veja como eles atuam. O objetivo é entender o que já existe, compreender o que está funcionando e, principalmente, descobrir onde estão as brechas não exploradas por eles.
Depois da pesquisa de mercado, faça uma projeção de custos e receitas. É aqui que se visualiza se o negócio será sustentável e capaz de gerar lucro — ou se há riscos financeiros maiores do que o esperado inicialmente.
Em relação aos custos, há tanto os fixos quanto os variáveis. Os fixos, como o nome indica, são aqueles constantes e normalmente previsíveis, como aluguel, salário dos funcionários, contas de água, luz, internet, entre outros.
Já as despesas variáveis geralmente dependem da produção ou venda. Por exemplo, matéria-prima, embalagens, comissões de vendas e custos com marketing podem mudar conforme o desempenho do negócio.
Após entender esses custos, é hora de calcular a receita. Você deve considerar a precificação, o mix de produtos e serviços etc. A ideia é entender o ponto de equilíbrio, aquele momento em que a entrada de dinheiro começa a cobrir os custos fixos e variáveis e o negócio passa a gerar lucro.
Por último, identifique riscos e oportunidades no seu estudo de viabilidade. Os riscos estão ligados a tudo que pode atrapalhar o bom funcionamento do negócio, como falta de demanda, força da concorrência ou momento econômico geral do mercado.
Já as oportunidades são as áreas que você pode explorar, como tendências e lacunas dos concorrentes. É importante ter esses pontos mapeados para você saber qual caminho seguir e ter um “plano B” preparado, caso a ideia inicial não gere os retornos.
Como você aprendeu, antes de colocar um negócio para funcionar, é fundamental entender se ele tem chances reais de dar certo. Isso é feito por meio do estudo de viabilidade, que facilita o planejamento e aumenta a possibilidade de sucesso.
Quer saber mais sobre como começar no empreendedorismo? Veja o que é e como fazer um plano de negócios!